Editorial
Os propósitos da edição deste formato de comunicação por parte da Casa de Macau, na forma de um Boletim (newsletter), que secundariza o nosso já
habitual Qui-Nova que circula entre os sócios, têm como objectivo ampliar a nossa mensagem e divulgação a uma população mais abrangente, incluindo os não-sócios, tentando na medida do possível integrar conteúdos informativos de ordem mais genérica sobre os temas de Macau.
Deste modo, surgirão aqui sempre notícias e rubricas que de algum modo já foram divulgadas pelo nosso Qui-Nova sendo, no entanto, o seu alvo também os não-sócios, para que possam igualmente ter uma ideia do que foi realizado na Casa de Macau, assim como as notícia das possíveis atividades que se prevêem no futuro breve.
Por outro lado, lançamos outras rubricas de interesse mútuo, de modo a padronizar alguns temas que pensamos ser útil preservar: a nossa galeria de sócios (fundadores, beneméritos e honorários), o nosso espólio de peças, o lugar à poesia, recordando Macau, e links de acesso a notícias e eventos da Casa. Paralelamente, deixamos um espaço para incluir uma ou outra nota que nos pareça pertinente realçar ou destacar.
Espero que este segundo número do nosso «Macau Sã Assi» seja também do vosso agrado. Boas Leituras,
Carlos Piteira Presidente da Casa de Macau
Há Minchi! Almoços Bimensais
(Adiado até Janeiro de 2025 devido a obras no edifício)
No dia 28 de Julho houve novo convívio dedicado ao minchi. Tivemos a presença do músico convidado João Gonçalves. Por motivo de obras no edifício só poderemos retomar em meados de Janeiro 2025. Prometemos voltar com mais animação e renovadas expectativas de um convívio com gentes de Macau.
Clicando na imagem acima poderão assistir ao convívio registado em vídeo, assim como à prestação do músico convidado e amigo João Gonçalves.
Visita e Almoço, Julho 2024: Dr. José Luís Sales Marques,
Dr. Jorge Rangel e Miguel Khan
No dia 18 de Julho de 2024, aproveitando a sua presença em Portugal, a Casa de Macau tomou a iniciativa de convidar o Dr. José Luís Sales Marques, presidente do Conselho das Comunidades Macaenses, o Dr. Jorge Rangel, do Instituto Internacional de Macau, e Miguel Khan, ex-membro da Associação dos Jovens Macaenses, para uma visita e um almoço na companhia da direcção da Casa. Foi com muito gosto que os recebemos, que tivemos notícias da actualidade da RAEM, do Conselho das Comunidades, da diáspora macaense em geral, e também com muito gosto que apreciámos as conversas de variados e aprazíveis tópicos que se foram desenrolando à mesa.
Esta semana:
Visita dos Dóci Pápiaçam di Macau
Convidamos todos a estarem presentes na apresentação do coro do grupo de patuá Dóci Pápiaçam di Macau, no próximo dia 9 de Outubro, quarta-feira , 17:00. Contactem a secretaria da casa para verificar disponibilidade de vaga. Em complemento, deixamos aqui um texto do nosso amigo Manuel Fernandes Rodrigues sobre a língua de Macau.
Das origens do patuá macaense
Excerto retirado de: Rodrigues, Manuel Fernandes, (2024) Revista Daxiyangguo, Revista Portuguesa de Estudos Asáticos, N,32, com o título: Lingu Maquista – O Patuá ou Lingua de Macau, pp. 13-39. link aqui.
Quando lemos ou ouvimos expressões invulgares, como cachivachi, lêvá na chest, covicoco, chilicotes, miçó cristã, bebincas, baliçã , cangong ou ladu, somos levados a perguntar que língua é esta que soa como a portuguesa, mas não é a língua portuguesa.
Pergunta-se então que língua é esta, qual é a sua origem e quem a falava? Como Macau se situa na costa da China mais precisamente na província de Cantão há quem queira fazer crer que a origem da Língu Maquísta, o patoá, é uma mistura de português antigo com o chinês pois os macaenses falam o chinês e o português e apontam entre outras razões o contágio do português falado, pelo chinês, como por exemplo na frase “Sora, ele batê eu! (Senhora, ele bateu-me) segue uma estrutura chinesa e a formação do plural através da reduplicação no patoá como vemos na formação de véla-véla, plural de velhas, môlê môlê, plural de mulheres, frera-frera, plural de freiras etc…
Trata-se de um equívoco porque a formação de dialectos não é produto de uma mistura de línguas, mas antes a assimilação apressada e imperfeita de uma língua estranha, o português, pela população de Macau a fim de preencher as necessidades de comunicação. A reduplicação no patoá provém do ásio- português e não do chinês, pois que no chinês, a reduplicação embora comum,
não têm exactamente o mesmo valor de simples plural. Por exemplo ⽇⽇( iât-
iât) em chinês significa todos os dias e não os dias, ⼈ ⼈(iân-iân) significa
todas as pessoas e não as pessoas e 年年 (nin-nin), significa todos os anos e
não os anos. Desta maneira a celebração do 7º dia do calendário lunar, conhecido como o dia de todas as pessoas é escrito da seguinte forma 年初七
(7º dia do ano) ⼈⼈⽣⽇(aniversário de todas as pessoas).Portanto o patoá não
é uma mistura do português e do chinês.
A cidade de Goa transformada na sede do império português do Oriente ouviam-se vocábulos que encontramos no patoá, como sambal (um acompanhamento de comida), dodol (doce) alúa (doce de Natal), apa-bico (pastel). O patoá tem uma estrutura gramatical semelhante em alguns pontos com o indo-português, criou-se a ideia de que o patoá de Macau é uma simples extensão do indo-português. É uma afirmação muito duvidosa por várias razões: primeira, a língua falada em Goa é o Conkani e não há vocábulos na Língua de Macau, pois que, os vocábulos atrás mencionados são de origem malaia.
Segunda, mesmo que o indo-português fosse falado em Macau nos primeiros tempos do seu estabelecimento a ausência de vestígios quer em termos de origem goesa, quer em palavras escritas, quer em pronúncia das palavras, refuta esta hipótese.
Não é de admirar que o patoá macaense não tenha conservado vestígio do indo português, se alguma vez tenha existido, porque o relacionamento entre Macau e Malaca foi mais estreitas e durou muito mais tempo do que com Goa. É de lembrar que as primeiras mães macaenses vieram de Malaca e não de Goa.
Terceira, Sebastião Rodolfo Dalgado considerou: “O crioulo macaísta, posto que não pertence aos grupos indo-portugueses, tem muitos traços comuns assim na gramática como no vocabulário; e isto por três razões: a identidade d’onde procedem, pois todos representam o português popular, especialmente do Sul, dos séculos XVI e XVII; as leis gerais que presidem á formação e regulam a evolução de semelhantes dialetos; e a mútua influência, sobretudo léxica, pelas relações outrora tão frequentes entre a Índia e o Extremo-Oriente” (J.F.M. Pereira, 1995:360).
Não restam dúvidas que o patoá macaense não é uma extensão do indo- português.
Vários autores, entre eles Montalto de Jesus no seu Historic Macao indicam a presença de escravos africanos na população macaense: “In 1563 numbered nine hundred Portuguese, exclusive of children – an increase main, in all probability due, to the settlers at Lampacao coming over and settling with the founders of Macao. There were besides, several thousands of malaccans, Indians and Africans, mostly domestic slaves. Up to the construction of the barrier, there were no Chinese in the colony.” (Jesus, 1902:42).
Na invasão holandesa de 1622, o padre Jesuíta Manuel Teixeira descreve a intervenção da arraia miúda na batalha de 22-24 de junho de 1622 da seguinte forma: “…a arraia miúda com as suas armas caçadeiras, os escravos com os seus chuços e até as mulheres com os seus espetos, levaram de vencida um exército regular de 800 soldados e marinheiros bem armados, disciplinados e adestrados.” (Teixeira 1979:501)
A existência de escravos africanos na sociedade macaense, a ocorrência de formas ou expressões semelhantes no patoá de Macau e nos crioulos africanos e a redução dos verbos a uma só forma para todas as pessoas gramaticais (ex. eu já vai, ele já vai), levantaram a hipótese de que que o patoá de Macau possa ter uma origem africana. Esta hipótese carece de fundamento, pois a redução na conjugação dos verbos é comum a todos os dialectos devido à assimilação deficiente de uma língua estrangeira.
A utilização da forma feminina no patoá de Macau e masculina no português criou a possibilidade de o patoá de Macau, ser apenas uma extensão do português malfalado, esquecendo que este fenómeno linguístico é bastante comum em todas as línguas pois ela é uma criação arbitrária de cada povo.
É de notar que, na mesma língua, as palavras mudam de género com o correr do tempo.
“Agora basta já de perdê tempo pra lidá com dodo; tá cançado já de escrevê, ôclo tá turba minha vista, mas logo escrevê torna se aquelle bulicioso vem ôtro vez com más asnera. Se elle querê profiá com eu, escrevê portuguez; gardá sua latim pra quem entendê. Quanto vez que elle escrevê latim, eu sempre tomá pra lingu moro; mas ung-a vez eu já levá pra minha menino bonito, minha querido confessor…” (J.F.M. Pereira, 1995:125)
Permite-nos constatar o mesmo fenómeno em: “guardá sua latim; minha menino bonito, minha querido confessor”. O patoá não é, por conseguinte, uma extensão do português malfalado.
Tardes de Chá
com Conversas e Livros
Continuámos com a nossa nova iniciativa regular, Tardes de Chá
com Conversas e Livros, ao fim do dia, para reabrir e reanimar o nosso espaço no 1º andar, transformando-o no nosso salão de chá.
Depois de Vítor Serra de Almeida nos ter apresentado com uma longa conversa, da qual apresentamos também agora o registo da segunda parte, tivemos o prazer de receber o ilustre macaense e também autor de várias obras publicadas sobre a nossa identidade, Manuel Fernandes Rodrigues, para nos trazer as suas memórias e vivências da Macau dos anos 60 e alguns apontamentos históricos da sua especialidade, em particular sobre o patuá.
Ficou registada em áudio e vídeo e podem encontrá-la nos nossos recém inaugurados podcasts, disponíveis em Spotify e Apple, assim como no nosso canal de YouTube. Em breve teremos mais um livro e mais um convidado.
Sessão de Tardes de Chá com Conversas e Livros, registadas em vídeo: a segunda parte com Vítor Serra de Almeida, e a primeira e segunda parte com Manuel Fernandes Rodrigues. Cliquem nas imagens acima para assistir.
Viagem dos Sabores: Elogio à Comida Macaense
Tendo em conta o conhecimento e o «saber» requintado e inigualável de alguns dos nossos associados sobre os segredos da cozinha macaense, não poderíamos deixar de lhes lançar o desafio para que o partilhem, pelo menos um ou dois pratos, com os inúmeros curiosos e aprendizes dessa bela «arte» gastronómica que é a nossa cozinha.
Assim sendo, relançámos a nossa boa tradição da divulgação da cozinha macaense através de sessões de aprendizagem (workshop) e confecção de alguns pratos com os conselhos da(o)s nossa(o)s virtuosa(o)s “chefs” de cozinha.
Este convite para “navegar” pela gastronomia macaense, embarcando pela variedade e sabores que a nossa cozinha oferece, será também uma forma de a elogiar, divulgando-a como merece e resgatando o papel da Casa de Macau nessa missão. Sempre que possível e dependendo da nossa capacidade de oferta e, também da adesão a esta iniciativa, iremos propor a confecção de um prato com o toque subtil do nosso “chef” convidado que representa a «nata» dos nossos mestres de cozinha macaense.
A primeira sessão decorreu no dia 26 de Setembro de 2024 sob a tutela da nossa bem conhecida Laura Amaral que confeccionou Caril de Peixe e Camarão acompanhado de Chau Chau de Legumes, e Baji como sobremesa.
Cliquem na imagem acima para ver o registo da animada ocasião.
Fundação Oriente reabre a tradição dos Sócios Beneméritos
da Casa de Macau
Após anos consecutivos de uma relação solidária por parte de instituições, empresas e individualidades no apoio à Casa de Macau, os mesmos deixaram de preencher este requisito que marcava a boa tradição dos «mecenas», que por um motivo ou outro juntaram o seu nome às finalidades da nossa Casa.
Uns por motivo de falecimento e outros que apenas nos foram esquecendo pelas contingências de uma dinâmica enfraquecida, quer por culpa nossa quer pelos intervalos de algumas crises sociais que se foram intercalando, tais como a pandemia (covid) ou algumas crises financeiras que nos têm assolado, tornado a Casa de Macau vazia deste tipo de solidariedade.
Na senda de recuperar novamente a integração e a inclusão das instituições e individualidades ligadas a Macau, propusemos como objectivo desta direcção a
tentativa de reavivar e reformular esta componente com novas figuras de mecenato que queiram associar-se à nobre tarefa de preservar e dignifcar Macau e as suas gentes através da mais antiga associação que os representa em Portugal.
É com o maior e o melhor do nosso reconhecimento que divulgamos a recente adesão da Fundação Oriente como primeiro Sócio Benemérito da nova vaga de mecenato, na expectativa que outros públicos e privados ligados a Macau possam também integrar a nova galeria da velha tradição desta Casa.
Recordando Macau: Hóquei em campo a olhar para o futuro
O hóquei em campo é uma das modalidades com mais história em Macau.
Muitos recordam os seus tempos áureos, ainda na Caixa Escolar, no bairro do Tap Siac, esperando que a modalidade volte a trilhar um caminho de sucesso. A aposta na promoção entre os jovens é o grande trunfo para o futuro
Texto de Sandra Lobo Pimentel, retirado de Revista Macau, Março 2022. Link aqui.
As raízes da tradição do hóquei em campo em Macau remontam a várias décadas atrás, tempos em que a Praça do Tap Siac era palco de um campo
chamado Caixa Escolar, onde pais, filhos e netos abraçavam esta modalidade, muito comum no quotidiano desportivo do território.
Foi aí que nasceu, cresceu e prosperou o hóquei em campo, uma das modalidades mais carismáticas da segunda metade do século XX em Macau e que ainda hoje se pratica. A Associação de Hóquei de Macau, constituída em 1975, continua a organizar um campeonato anual, que conta com sete equipas e que decorre no Centro de Hóquei do Complexo Olímpico de Macau, na Taipa.
Os tempos áureos do hóquei em campo começaram em meados do século passado, com a constituição do Hóquei Clube de Macau, em 1944, com uma equipa que chegou a jogar em representação de Portugal. O clube apareceu numa altura em que o livre associativismo não era permitido, mas a habilidade dos praticantes e o empenho dos aficionados motivaram a simpatia das autoridades.
Parte da nova geração, Filipe de Senna Fernandes foi presidente da Associação de Hóquei em Campo de Macau até 2020 e é um dos jovens que continua a tradição da modalidade, desde sempre intrinsecamente ligada à comunidade macaense. A permanência desta actividade desportiva acontece, “essencialmente, por causa da história”, conta à Revista Macau.
Frederico Cordeiro, presidente do clube Lusitânia há 30 anos e um dos grandes nomes do hóquei em campo de Macau no período dourado das décadas de 60 e 70 do século passado, também partilhou com a Revista Macau a sua visão da modalidade.
O dirigente acredita que mais pode ser feito para projectar este desporto no presente e isso passa por aproveitar a oportunidade de ter um campo no Centro de Hóquei que permite realizar encontros internacionais. “Devia ser promovido pela Associação [de Hóquei em Campo] um torneio quadrangular”, com equipas do Interior da China, Hong Kong e Taiwan, sugere.
A fórmula serve para dar a conhecer a modalidade e, acima de tudo, para captar a atenção dos mais jovens, que são, naturalmente, o futuro do hóquei em campo em Macau.
Também Manuel Silvério, antigo jogador e dirigente da Associação de Hóquei de Macau, considera que o que poderá fazer a diferença é a aposta em intercâmbios e actividades internas que promovam e impulsionem o hóquei em campo com vista à captação de novos talentos. No entanto, acrescenta, a modalidade ainda se depara com o mesmo problema do passado, isto é, a determinação de quem se dedicava à causa, mas sempre refém de alguma “insipiência organizativa”.
Crescimento regional
Apesar das valências do Centro de Hóquei do Complexo Olímpico de Macau, na Taipa, voltar aos velhos tempos da modalidade “é quase impossível”, diz Filipe de Senna Fernandes. A ideia, durante a sua presidência na associação, era chegar às escolas para promover o hóquei em campo e assim tentar chamar mais praticantes. No entanto, a iniciativa não correu da forma esperada. “A modalidade é mal percebida”, explica Filipe de Senna Fernandes, acrescentado que ainda existem “muitos obstáculos”.
Antes das restrições impostas pela pandemia da COVID-19, ainda houve treinos aos sábados para crianças dos sete aos 12 anos, com cerca de 40 jovens praticantes. “Tentámos abrir essas aulas, mas neste momento estão paradas”, refere.
À frente do Lusitânia, um dos emblemas com mais peso no hóquei em campo local, Frederico Cordeiro lamenta que o presente e o futuro da modalidade não vislumbrem o impacto que teve outrora. “O hóquei sempre foi jogado, maioritariamente, por macaenses. E havia muito mais intercâmbio”, relembrando os encontros semanais com equipas de Hong Kong ou mesmo o torneio anual com uma equipa japonesa de Osaka. “Para esses torneios, os jogadores até eram dispensados do trabalho”, nota o dirigente do Lusitânia, testemunhando a importância que era então dada à modalidade.
Para Manuel Silvério, há vários factores associados ao facto de, em Macau, esta actividade desportiva ter perdido alguma expressão, especialmente no contexto regional. “Não podemos esquecer que a modalidade se desenvolveu como uma flecha num certo período. Em termos desportivos, o Hóquei Clube foi aquela poderosa e invencível equipa, numa altura em que a própria modalidade não estava tão desenvolvida noutros países.”
Hoje, porém, a realidade é outra, aponta. “Antigamente só se falava do hóquei em campo na Índia e no Paquistão, que eram os ases do desporto. Hoje, não só na Europa como na Austrália e na Nova Zelândia, [a modalidade] está em franco desenvolvimento. E, na Ásia, o Japão é uma potência, a Coreia do Sul também e a própria China.”
Para dar o passo e não perder esse comboio, a aposta tem que ser na promoção, apesar das dificuldades, defende Manuel Silvério. “Como modalidade por equipa, tem que ser massificada, mas a oferta no sector do desporto para os atletas é muito elevada. Há muitas modalidades que se oferecem aos jovens. E há liberdade para a prática de uma ou várias e para trocar, por isso, o hóquei em campo está a concorrer com outros desportos”, observa o antigo jogador e dirigente, concluindo que a modernização e a profissionalização tendem a ser o caminho para qualquer modalidade ganhar expressão e sucesso.
Ser Sócio da Casa de Macau
Se ainda não é sócio da Casa de Macau, considerem a possibilidade de o ser.
A quotização é apenas de €6 por mês caso optem pelo plano anual, tendo ainda desconto para +65 e estudantes. Podem encontrar toda a informação
aqui, assim como o formulário necessário ao pedido. Mais informações através do nosso mail e do telefone 218 495 342. Todos são bem-vindos à Casa de Macau!
Galeria da Casa de Macau
Damos novamente destaque a personalidades notáveis que tiveram papel relevante na história da Casa de Macau, além de peças notáveis que encontramos no espólio da nossa Casa.
Coronel Mariano Tamagnini Barbosa, Sócio Fundador
“Registada em 1962, a Casa de Macau teve no
coronel Tamagnini um dos seus fundadores e um dos seus presidentes, tendo igualmente participado em 1973 na primeira “romagem” ao território, levada a efeito pela CM. Pertence também à Associação da Força Aérea Portuguesa, de cuja direcção fez parte até há pouco tempo, tendo em Outubro de 1991 organizado uma outra “romagem” a Macau, ao todo 85 participantes, entre oficiais, sargentos e familiares, o que lhe deu particular satisfação, pois
foi a primeira vez que tantos membros da Força Aérea estiveram no território, dado que ao longo da sua história apenas o Exército e a Marinha aí prestaram comissões de serviço.”.
(In Blog Macau Antigo, 2014)
Sr. Ho Yin,
Sócio Benemérito
“Ho Yin nasceu em Panyu, na Região do Delta do Rio das Pérolas, cerca de cem quilómetros a norte de Macau, em 1908, quando a China ainda estava governada pela família
imperial da Dinastia Qing. Ele era um homem de negócios e um líder carismático, patriótico e respeitado da comunidade chinesa de Macau. Era também um importante intermediário diplomático entre a República Popular da China (RPC) e o Estado Novo Português anticomunista (1933- 1974). Foi um membro do Congresso Nacional Popular da República Popular da China. Morreu em 1983 na Cidade de
Macau.”
(In
https://pt.wikipedia.org/wiki
/Ho_Yin)
Dr. José Luís Sales Marques,
Sócio Honorário
“José Luís de Sales Marques nasceu e cresceu em Macau. Depois de se formar em Economia em Portugal, retornou a Macau e trabalhou com o governo a partir de 1983. Ele foi presidente do Leal Senado por oito anos e presidente do Instituto de Estudos Europeus de Macau. É também actualmente o presidente do Conselho de Comunidades
Macaneses.” Tivemos o prazer de o receber, na companhia do Dr. Jorge Rangel e de Miguel Khan,
na nossa casa, registo que poderão encontrar acima.
(In https://macaonews.org/aut hor/joseluis/)
Quadros alusivos à comunidade macaense
Dois objectos da nossa casa: iconografia (autor desconhecido) ilustrativa da dimensão multifacetada da comunidade macaense nas várias dimensões da sua interpretação identitária.
O (Re)canto da Poesia (Elogio aos Poetas de Macau)
FESTA DA LUA
Letra: Jorge Arrimar Música: Carlos Piteira Duo «A Outra Banda»
O redondo Da fruta redonda No arredondado
De um prato ao luar, A Festa da Lua.
Refrão
A gema circular No interior,
Do bolo lunar, Guardado, em cada mão,
A Festa da Lua.
E na praia Crianças luzindo
Luzinhas que brilham Na escuridão,
A fingir de lua.
Refrão
A gema circular No interior,
Do bolo lunar, Guardado, em cada mão,
A Festa da Lua.
A Festa da Lua…. A Festa da Lua (no final)
Terminamos assim a segunda edição do nosso boletim com renovadas saudações macaenses para todos, e desejos de que continuem a acompanhar-nos através deste e de outros meios de comunicação, convidando- vos também a reencaminharem este e-mail para os vossos amigos e conhecidos. Espreitem e sigam as nossas páginas de Facebook, Instagram, YouTube, e o nosso website, que será em breve renovado e actualizado.